domingo, 29 de abril de 2012

Bloqueou? Páre, escute e olhe!


Bloquear acontece-nos a todos!

Pode acontecer com mais ou menos frequência e os contextos do bloqueio variam de pessoa para pessoa. Há pessoas que têm mais bloqueios de raciocínio ou mesmo de desempenho no trabalho, outras sentem mais bloqueios nas relações familiares, outras em assuntos com “os seus botões”.

Então, se bloquear é comum e, tanto quanto sabemos, ninguém gosta... o que podemos fazer para desbloquear o nosso cérebro nessas alturas e retomar o nosso caminho?

PÁRE, ESCUTE E OLHE... e depois então continue!

É o que se deve fazer antes de atravessar a linha do combóio e ajuda muito a apanhar novamente o nosso combóio.

Vamos trocar a fórmula por miúdos:

PÁRE
Parar de insistir naquilo que não está a funcionar é fundamental para dissipar o bloqueio. É mais ou menos como aquele ditado que diz que não vale a pena “malhar em ferro frio”. Se a coisa não está a funcionar e se sente perto de um nível de frustração elevado, o chamado “ataque de nervos”, o mais sensato é mesmo parar. Ok, tem razão, só parar não chega...

ESCUTE
Escutar é muito mais do que ouvir! É uma das coisas mais úteis que podemos fazer por nós próprios e pela nossa saúde mental em muitas situações. Quando estamos bloqueados podemos e devemos escutar muitas coisas: escutar os outros, escutar-nos a nós, escutar o nosso corpo (coração, estômago, cabeça, músculos... o que me estão a dizer neste momento?), escutar as nossas emoções, intuições, raciocínios. Escutar o silêncio também pode ser importante!

OLHE
E por sua vez, olhar também é mais do que ver. Pode olhar de várias formas e em várias direcções. Pode olhar para o passado à procura de situações semelhantes e de como as resolveu e/ou de estratégias  que não quer repetir; pode olhar para o futuro para ver onde quer chegar. Também pode olhar para si e/ou para o bloqueio de fora, de longe, de outra perspectiva. Pode olhar para os outros, que exemplos o inspiram? Olhe para dentro, para fora, em volta, de cima, vá mudando a perspectiva do seu olhar e descubra como pode ser enriquecedor e útil!

… e depois então continue!
O que descobriu?
O que aprendeu?
O que sentiu?
O que se alterou?
O que permaneceu?

Respire fundo e vai ver que já não vai voltar à situação que parecia bloqueada e impossível de resolver, simplesmente porque ela já se alterou e você já está um passo à frente!

Vera Martins

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Pela sua felicidade, anda a fluir?


O conceito de “fluir” em Psicologia (”flow” em Inglês) refere-se a um estado mental no qual a pessoa se encontra completamente envolvida no que está a fazer.


Ou seja, é o oposto do funcionamento em “piloto automático”, tão desinteressante quanto stressante no nosso dia-a-dia!

Na Psicologia, o conceito foi proposto por Mihaly Csikszentmihaly (Flow: The Psychology of Optimal Experience) que explicava que este estado de “fluir” contribui muito para a felicidade e bem-estar das pessoas.

Quando estamos a “fluir” estamos num estado mental considerado um estado “óptimo” de motivação intrínseca. E é considerado óptimo porque se caracteriza por sentimentos de energia focada e sucesso na actividade na qual estamos completamente imersos e envolvidos.

Csikszentmihaly dizia que, no estado de fluir, “O tempo voa. Cada acção, movimento e pensamento segue-se ao anterior, como numa peça de jazz. Todo o seu ser está envolvido e as suas capacidades estão no máximo”.

Isto é, neste estado de “graça” que é sentirmo-nos a fluir, podemos dizer que a nossa atenção, motivação e capacidades se juntam para produzir um funcionamento produtivo e harmonioso.

Fico a pensar que, na prática, “FLUIR rima com:

- OUVIR
- SENTIR
- CURTIR
- USUFRUIR
- CONSTRUIR
- PROGREDIR
- EVOLUIR

E além de ser uma palavra poética, traz mesmo felicidade!

Permita-se fluir e seja feliz!

Vera Martins
www.veramartins-psicologia.com

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Como acordar a criança dentro de nós?


Avisos:

Este texto é só para adultos.
Contém linguagem que pode acordar a criança que existe dentro de si.
Deve ser lido com o coração aberto e a mente disponível.
Perigo de efeitos colaterais: riso fácil, humor positivo, sensação de leveza e descontração, podem ainda surgir doces memórias.
Aconselha-se a sua leitura continuada e repetida.
Não causa dependência mas a habituação é desejável.

Como acordar a criança dentro de nós?

É tão simples e tão complicado ao mesmo tempo...

Tem dado espaço e tempo para a criança dentro de si acordar, saltitar, cantar, rodopiar, rir e conversar?

Não?
Está na hora! E não é difícil...

A sério, é só reparar em pequenas coisas, permitir-se saborear doces momentos...

E, sim, chocolates e rebuçados também valem!

Podem entrar também os brinquedos das crianças que olhamos e namoramos com a paixão de quem adorava brincar e poderia voltar a fazê-lo agora mesmo outra vez e com a mesma inocência e curiosidade com que já o fez um dia.

A música também vale: canções de embalar, as caixas de música, aquela música que a avó ou a mãe cantavam e que na boca delas rimava melhor do que em qualquer outra boca...

E se há música... podemos cantar e dançar... e sonhar!

E também pode entrar a neve a cair, que nos faz tiritar de frio e também de alegria!

E ainda as poças de água que são deliciosas de chapinhar e fazem tudo parecer fácil!

E os puzzles, os jogos de computador e outros que tais!!!

Bem, e, já agora temos que contar com os animais...

Com o cheirinho do arroz doce quentinho...

Ah... e as histórias para crianças??? As histórias infantis que nos derretem o coração...

E entram também as prendinhas, os Aniversários, os Natais, os Carnavais, as Páscoas... as festas que gostamos entram todas (as que não gostamos tanto podem ficar de fora)...

E valem também todos os miminhos e beijinhos e abracinhos!!!

Por fim, não podemos deixar de fora o Sol, a Lua e todas as estrelas!!!!!

E como esquecer a eterna magia do arco-íris?!

E o mar... e o campo... as flores e os frutos...

E a brisa fresca ou o ar quente que parece envolver todo o nosso corpo como uma segunda pele...

E então?? O que pode entrar mais para si neste exercício de fazer acordar e saltitar a criança que existe dentro de si?


Vera Martins

www.veramartins-psicologia.com